Quase um ano e meio depois, prefeitura da Região Central recebe recursos de situação de emergência

Em 30 de dezembro de 2014, o município de São Francisco de Assis, na Região Central, foi atingido por um forte temporal que deixou um rastro de prejuízos à comunidade.

Nos dias subsequentes aos estragos, a Defesa Civil local iniciou um amplo levantamento quanto ao saldo do forte temporal. Acontece que, de lá para cá, a administração municipal solicitou a liberação de recurso federal para a recuperação de parte da infraestrutura, já que três pontes da zona rural foram levadas pela água. A principal delas, a ponte do Taquari, que liga dois distritos, caiu e, por consequência, passou a comprometer o escoamento da produção agrícola do município.

Foram 16 meses de espera, de dezembro de 2015 até este mês, quando o governo federal liberou, no último dia 6, o valor de R$ 1.050.603,54. A publicação da verba foi registrada no Diário Oficial da União. Conforme portaria, "o valor é para a execução de obras de recuperação de danos causados por enxurradas".

O valor será utilizado para recuperar, ao todo, três pontes da zona rural, que foram completamente prejudicadas pela chuvarada. Contudo, uma quarta estrutura, igualmente danificada, acabou ficando de fora dos plano do governo federal. O dinheiro ainda deve ser utilizado para reparar parte da estrutura comprometida do município. 

Levantamento da Defesa Civil do município apontou, à época, que os estragos na agricultura e na pecuária ficaram em cerca de R$ 3 milhões.

A demora na liberação do recurso é vista com preocupação pelo secretário de Administração do município, Francisco Paulo Gioda:

– A gente fez tudo que era da nossa alçada, mas mesmo assim o recurso não vem em tempo hábil. É uma realidade que, infelizmente, não é só aqui. Mas preocupa.

Nova demanda

No último dia 2, o município sofreu com um novo temporal, que deixou, ao menos, 300 casas danificadas. Além de cerca de 100 postes caídos e danificados. A prefeitura decretou situação de emergência e espera ajuda financeira do governo do Estado.

O Executivo municipal projeta um prejuízo estimado em R$ 3 milhões. Contudo, não há qualquer sinalização de liberação de recurso por parte da administração José Ivo Sartori (PMDB).